A ânsia de ter e o tédio de possuir...
Essa é uma frase famosa dita por Arthur Schopenhauer, e hoje quero falar sobre ela. Ela retrata perfeitamente a sociedade de hoje, principalmente no Brasil.
Você tem o seu celular há quanto tempo? Se for mais de um ano, ou até menos, provavelmente já o trata de forma mais descuidada. Derruba mais vezes, não liga tanto para ele, certo? Isso é bem diferente de quando você o comprou ou ganhou. No início, era um cuidado extremo, tratava como se fosse um filho. Por quê? Porque, para a maioria das pessoas, as coisas materiais perdem valor com o tempo.
Você anseia muito por ter algo. Mas, depois de conseguir, aquilo vira um tédio. E aí você quer outra coisa, e depois mais outra. Parece familiar? Bom, talvez você ainda não tenha uma Porsche ou uma bolsa de R$30 mil, mas acha mesmo que, quando tiver, vai se sentir plenamente satisfeito? Claro que não. Assim que conseguir, vai querer outra coisa. É como o cara que sonha em ter uma BMW e, quando consegue, já começa a pensar na Porsche. Isso vira um ciclo sem fim, uma corrida parada, que não te leva a lugar nenhum.
Bens materiais não devem ser sua prioridade. Dinheiro não deveria ser o foco principal da sua vida. Eu sei que é difícil aceitar isso, mas deixa eu te dar dois exemplos:
Viver como milionário, ostentando carros de luxo, mansões, roupas de R$50 mil.
Também ser milionário, mas viver de uma maneira mais consciente. Perguntar-se: "Por que eu preciso de uma roupa de R$50 mil? Estou comprando isso por mim ou para impressionar os outros? Faz sentido eu ter uma Porsche?"
Se você escolheu a primeira opção, sinto dizer, mas você está cego. E provavelmente só esta newsletter não vai mudar sua forma de pensar.
Antes de comprar algo, pare e reflita: “Faz sentido eu ter isso?” Pense no porquê você está fazendo tal ação. Vale mesmo a pena gastar R$20 mil em um casaco?
E sobre aquele iPhone que custa R$10 mil... Você acha mesmo que o valor dele é só o preço que você paga? Se você pensa assim, ainda tem muito a expandir….
A verdadeira riqueza não está no que você possui, mas no que você faz com o que tem. É sobre aproveitar o presente, criar conexões e buscar experiências que te agreguem. O dinheiro pode ser uma ferramenta incrível quando usado para crescer como pessoa e contribuir para algo maior, mas quando vira o objetivo final, você se torna escravo dele.
Pare para pensar no que realmente importa na sua vida. O que você quer deixar como legado? Você quer ser lembrado pelas coisas que acumulou ou pelas mudanças que promoveu? No final, a ânsia de ter pode ser substituída pela satisfação de ser: ser consciente, ser presente e, principalmente, ser livre desse ciclo que só leva ao vazio.
E aqui vai uma dica que espero que você siga algum dia: saia da sua zona de conforto. Explore o mundo, viaje, conheça novas cidades, culturas e formas de pensar. Isso vai expandir sua mente de uma maneira que nenhum livro ou vídeo consegue. Descobrir novas perspectivas e experiências é uma das formas mais poderosas de crescer como pessoa.
Muito obrigado!
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